terça-feira, 21 de abril de 2015

Queridas Lembranças

Lembranças para nunca serem esquecidas, lembranças para guardar em qualquer lugar, lembranças, só lembranças.
Neste exato momento, me encontro na casa da minha Avó, em Taquaritinga, uma cidade do interior, escrevendo enquanto ouço minha prima vendo alguma série, a outra colorindo um livro, e os dois outros estão comendo alguma coisa, lanche, miojo, ou bolo.
A uns dias atras, lembro de quando estou chegando na cidade. Começam a vir lembranças, o cheiro de grama molhada e do bolo de fubá que minha vó sempre prepara, eu esperando minha tia me buscar na rodoviária. Passo pelas ruas e me lembro de minha mãe me levando ao parque dessa cidade, das brincadeiras de pique-esconde com meus primos e de amarelinha na rua.
Chego em casa, na nossa casa, casa da minha avó. Entro, e por um rápido momento, me vejo pequena com minhas duas primas correndo no corredor atras da casa, com a mangueira jorrando água por conta desse calor típico do interior.
-Não, não me molha- Diz minha prima.
No quintal, olho para a mesa com papéis e lembro de uma brincadeira de nome "Jogo das pistas", inventado por nós mesmos. O jogo era simples, algum de nós espalhava pistas pela casa, onde cada uma dizia onde estava a próxima pista, até encontrarmos a última, a que guardava uma surpresa, que era no máximo, UMA bala.
Dias depois da minha chegada, vou para o Náutico (clube), onde lembro de eu jogando areia na minha prima, e meu pai tocando violão, de eu e minhas primas no brinquedão, um brinquedo enooorme, e super divertido,entravamos no escorregador e ficávamos entaladas, até que alguém dava um chute e nos empurrava escorrega abaixo.
Fim de dia, voltando a realidade, volto a minha casa, nossa casa, casa da minha vó. Tomo um banho e lembro de quando abri a torneira errada e o chuveiro não parava de sair água, quebrei a torneira, e o chuveiro também.
Hora de dormir, minha vó arruma minha cama e lembro de quando já estava deitada, e ela conta histórias, histórias repetidas, não enjoava.
Último dia de minha estadia naquela quente e enorme casa, chega a hora de ir embora, uma tristeza enche meu coração....Eu agradeço, pela minha família, que apesar das despedidas, estão as vezes ali e as vezes aqui. mas principalmente, sempre estando.


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